domingo, 11 de setembro de 2011

Fogo de Pentecostes

Quem és tu, luz que me enches
e que iluminas
as trevas do meu coração?
Tu me guias
como a mão de uma mãe,
e se tu me largas,
não poderei mais dar um só passo.
Tu és o espaço
que envolve meu ser
e o abriga em seu seio.
Abandonado por ti
ele desaparecia
nos abismos do nada,
de onde Tu o tiraste
para elevá-lo ao ser.
Tu, mais próximo de mim
do que eu de mim mesmo
e mais íntimo
que o âmago de minha alma,
e, entretanto, inatingível e inefável,
fazendo brilhar todos os nomes:
Espírito Santo- Amor...


És tu
o canto do amor
e do santo respeito
que ressoa eternamente
em redor do trono de Deus,
que nele une
o canto puro de todos os seres?


A Harmonia
que une os membros à cabeça,
é nela que cada um
descobre com êxtase
o sentido íntimo do seu ser
e cheio de alegria derrama-se
nas tuas ondas, Espírito Santo- Eterna alegria...

Edith Stein, Pentecostes de 1942,
em S. Batzdorff,
Edith Stein Selected Writingns,
pg.84 e 87

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