terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Somente o perdão pode sanar as feridas do coração". 
                             (Beato João Paulo II, no encontro mundial de oração pela paz, Assis, Itália - 24 janeiro de 2002)      
  
                                            
                                                                         
                                                                            
 Perdoar é deixar a vida acontecer, pois o homem foi criado para amar. E não perdoar é bloquear a vida, é negar- se a si mesmo, é negar a sua identidade, é trair-se.
Ninguém, com efeito, está isento de mágoas resultantes de frustrações, de decepções, de aborrecimentos, de tristezas, de desamor, de traições, etc. E manter-se na falta de perdão é perpetuar em si mesmo e nos outros, a injúria recebida, viver em constante ressentimento. É manter-se preso ao passado, gerando enfermidades psico- emocionais e físicas.
E o remédio para tal situação, é seguir os ensinamentos do Senhor Jesus, que nos diz: "Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem"! (MT 5,44). Amar e perdoar é um ato deliberado da nossa vontade, é só se quisermos, temos de decidir tomar essa decisão.
E o terço do perdão nos incentiva a alegria, e o crescimento interior, gerando a harmonia profunda entre as dimensões psicológicas, espiritual e emocional do ser humano. Esse terço nos ajudará a fazer a experiência da arte de perdoar que cura e nos faz crescer.
O terço do perdão, baseado na palavra de Deus, te ajudará a buscar um caminho de cura dos problemas psico- emocionais e a cura física, e assim, pela força do perdão, encontrar a libertação.
  

                                 Terço Do Perdão

                  Para ser rezado no terço de NOSSA SENHORA

* NA CRUZ:
-Rezar o Creio
-Ezequiel (36,26-27): Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo que obedeçais as minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos.
- Rezar: Eu creio que Jesus me liberta da falta de perdão, do ódio, da mágoa, do ressentimento, do sentimento de vingança, etc., etc...
- Rezar o Pai Nosso e as 3 Aves Marias.
*  NAS CONTAS DO PAI NOSSO:
- Rezar o Pai Nosso, e quando chegar ao versículo que diz: "...perdoai nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...", dizer: "assim como eu perdôo... (dizer os nomes das pessoas que te ofenderam); a seguir, terminar o Pai Nosso dizendo o versículo final -" ...e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

*  NAS CONTAS DAS AVE-MARIAS:               
- Eu amo e perdôo, eu perdôo e amo...

* TERMINANDO AS 1O CONTAS, rezar: 
- Glória ao Pai.

* NO FINAL, REZAR:
- Salve Rainha...
- MAGNIFICAT (Lc 1,46-55): A minh'alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espirito em Deus, meu Salvador, pois ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam, Demonstrou o poder do seu braço, dispersou os orgulhosos. Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espirito Santo, como era no principio, agora e sempre.
Amém.

- Eclesiástico 28,2-6: "... Perdoa ao teu próximo o mal que te fez, e teus pecados serão perdoados quando o pedires. Um homem guarda rancor contra outro homem, e pede a Deus sua cura! Não tem misericórdia para com o seu semelhante, e roga o perdão dos seus pecados! Ele, que é apenas carne, guarda rancor, e pede a Deus que lhe seja propício! Quem, então, lhe conseguirá o perdão de seus pecados? Lembra-te do teu fim, e põe termo às tuas inimizades..."                                  

  Em breve LANÇAMENTO do CD Terço do Perdão e da Cura. Com canções inéditas de perdão e cura que te ajudará a mergulhar nessa graça que é Amar e Perdoar. O CD que tem participação especial de uma das pioneiras da RCC Maria Gabriela, foi gravado e rezado diante do Santíssimo Sacramento.     Para adquirir o seu, faça sua encomenda pelo nosso email: tercodoperdaoedacura@salvistas.com.br

domingo, 11 de setembro de 2011

Fogo de Pentecostes

Quem és tu, luz que me enches
e que iluminas
as trevas do meu coração?
Tu me guias
como a mão de uma mãe,
e se tu me largas,
não poderei mais dar um só passo.
Tu és o espaço
que envolve meu ser
e o abriga em seu seio.
Abandonado por ti
ele desaparecia
nos abismos do nada,
de onde Tu o tiraste
para elevá-lo ao ser.
Tu, mais próximo de mim
do que eu de mim mesmo
e mais íntimo
que o âmago de minha alma,
e, entretanto, inatingível e inefável,
fazendo brilhar todos os nomes:
Espírito Santo- Amor...


És tu
o canto do amor
e do santo respeito
que ressoa eternamente
em redor do trono de Deus,
que nele une
o canto puro de todos os seres?


A Harmonia
que une os membros à cabeça,
é nela que cada um
descobre com êxtase
o sentido íntimo do seu ser
e cheio de alegria derrama-se
nas tuas ondas, Espírito Santo- Eterna alegria...

Edith Stein, Pentecostes de 1942,
em S. Batzdorff,
Edith Stein Selected Writingns,
pg.84 e 87

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Crescer ( parte I )

   "Crescer é experimentar, gradativamente, as qualidades do Deus que habita em nós. Crescer é render-se paulatinamente ao controle do Espírito Santo de Deus para que a relação entre nosso espírito e o Espírito de Deus não seja mais de rebeldia e de oposição, mas sim de harmonia e de reconciliação" (René Kivitz). 

   Um dos fatores mais importantes para o crescimento vital é a crise. Existem alguns sinais de crises na vida adulta que merecem destaque, visto que pode se viver agora ou em futuro próximo.
   Toda crise implica mudança de pontos de referência, falta de certezas e, portanto, busca de seguranças. A esta altura da vida as coisas materiais, até as mais ridículas, podem dar a migalha de firmeza que se falta. Pode ser que na juventude tenha sido formado em uma determinada atitude espiritualista, vivendo a religiosidade como uma espécie de mundo à parte, superior ao terrestre. Nesse caso pode-se desviar para o outro extremo, com uma atitude pragmática que deixa de lado os grandes ideais cristãos em busca de soluções chamadas realistas. A verdade é que essas atitudes conservam uma realidade diante da qual agora não se quer criar conflitos. Buscam-se resultados fáceis e imediatos, comodidades, mais gastos extras para  sentir-se normal, e então se cai em um aburguesamento, gerando um desencanto pela fé cristã e pelos seus valores, perdendo assim o sentido da vida.
   A consequência de tudo isso, é a dor da mentira em si próprio e a busca desordenada de fazer o mesmo com os outros. A solução imediata para tal situação é se revestir de máscaras diante das crises, negando a entregar-se ao amor sem reservas. A pessoa vai se tornando medíocre, porque renuncia viver a fundo a sua fé; com isso ela  perde a capacidade de sofrer com sentido, e de gozar profundamente a sua existência. Conforma-se com o cumprimento dos deveres pela metade, procurando ser como os outros, sem sobressair para não correr riscos.
    A relação com a verdade é a chave da espiritualidade,  pois Deus é a verdade! O que acontece quando não há confrontamento diante da crise? Uma palavra clássica define o estado da alma: a tibieza.
   Aquele que é escravo da tibieza cria uma cobertura de insensibilidade e rotina, e passa a ter uma atitude de superficialidade, não conseguindo ficar em silêncio, sempre atrás do novo e não se tornando novo.
   "Vós sois o sal da terra: se o sal perde o gosto, com que o salgarão"? (MT 5,13a), com este fechamento de coração, o sal vai se tornando insípido. A indisposição para o crescimento mediante os conflitos interiores conduz a pessoa para o enrijecimento interior
   A crise não possui um significado em si. O que é significativo não é o que se sofre com a crise, mas o que se cresce com a crise.
   

Vocação Salvista

   Falar de vocação salvista é essencialmente nos arremetermos ao nosso carisma: Louvor de Deus, sob todas as suas formas, a litúrgica em primeiro lugar. Carisma este que nos impele a santificação pessoal e comunitária. Longe de ser limitado a um momento específico, se trata na verdade de uma adesão na vida a sempre honrar o nome de Deus. O que é dever de todos os cristãos, a nós é dado como graça para um estado de vida.
  O salvista realiza sua vocação na medida de sua capacidade de celebrar o poder e o amor de Deus que o chama livremente a unir-se a Ele. Seus atos de louvor são chamados a fundir-se num caminho que será, todo ele louvor à glória do Pai.
  O Servo de Jesus Salvador, vivendo o Louvor de Deus, na liturgia e na vida, impulsionado pela graça da efusão do Espírito Santo, com o auxílio dos dons carismáticos e na vivência da comunhão, transborda no pastoreio e na missão, para ajudar cada ser humano a se encontrar com Deus.
  Desta forma, o Servo de Jesus Salvador procura ser um verdadeiro instrumento de salvação, promovendo o encontro de cada pessoa com Jesus Cristo Ressuscitado na força do Espírito Santo, e assim fazendo bem, curando e libertando os cativos e prisioneiros de tantas e diferentes formas de escravidão. Estamos como Família Religiosa, portanto, na Igreja, desejando fazer cumprir a vontade do Senhor até que Ele venha, dando a Deus no mínimo, o máximo.